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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Vírus ebola faz federação da Copa Africana de Nações 2015 buscar nova sede

Embora o Ministro do Esporte do Marrocos, Mohamed Ouzzine, tenha dito na quinta-feira que seu país não deixaria de ser sede, ele próprio reiterou que o país irá seguir a determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que não recomenda grandes aglomerações de pessoas nessa luta contra a epidemia do ebola.
"Nossa preocupação está com a saúde da África e é baseada nos relatórios e orientações da OMS, temos que ouvi-los", disse Ouzzine. "Não é que não existe nenhuma segurança, mas alguém tem que tomar as precauções necessários para que o torneio que vem seja uma festa do futebol, unindo os irmãos africanos. Mas dada a atual conjuntura do ebola, nós não achamos que uma festa dessas pode acontecer como esperado", completou. "Nós estamos falando sobre a Copa Africana de Nações, onde esperamos algo entre 200 mil e 400 mil ou até 1 milhão de espectadores para virem ao Marrocos", afirmou, já alertando para a dificuldade em controlar o vírus nessas circunstâncias. "Não acho que exista governo ou país que tenha a capacidade necessária para monitorar, checar e controlar a situação atual do ebola em um fluxo tão grande de pessoas." "Esse é o nosso problema real. Não temos problema com as seleções visitantes, temos problemas com os turistas visitantes." Ouzzine acredita que a situação é crítica e exige que seja tomada uma decisão por questões humanitárias, não financeiras. "Se há qualquer medo com relação a perdas financeiras, nós sempre podemos achar soluções – mas hoje não é o dia para discutir isso", discursou. "Vamos discutir essas coisas quando nos encontrarmos com a CAF. Mas eu imploro a vocês, qual é a relevância dessas perdas financeiras quando comparadas com vidas perdidas? Um ser humano não tem preço", finalizou. A epidemia do ebola atinge principalmente o oeste do continente africano - em particular Serra Leoa, Libéria e Guiné, mas também foram detectados casos em Nigéria e Senegal - e já matou pelo menos 4,5 mil pessoas.
* BBC Brasil -  Ebola faz federação buscar sede alternativa para Copa Africana