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sábado, 19 de março de 2016
Atentados de Paris: Molenbeek tenta retomar o ritmo normal após a prisão de Salah Abdeslam
Menos de 24 horas após a captura do principal suspeito dos atentados de Paris, a euronews foi sentir o pulso ao ambiente em Molenbeek, o bairro de Bruxelas onde nasceu, cresceu e agora foi capturado Salah Abdeslam.
“É sempre um choque, claro, quando algo assim nos acontece tão perto. Sabíamos que aqui no bairro havia pessoas com simpatia por este tipo de grupos (“jihadistas”). Mas nunca esperamos que estejam tão perto de nós. Em novembro, já tinha havido uma intervenção numa casa atrás de nós. Mas é sempre uma surpresa”, disse-nos Bert, residente há 5 anos na Rua Quatre-Vents (quatro ventos), com a companheira e os filhos.
Maria viveu vários anos em Molenbeek, os pais ainda residem no bairro, ela trabalha em escolas da zona e considera “injusta a forma como têm descrito Molenbeek nestes últimos tempos”. “Radicalizado? Sim, talvez, infelizmente para nós. Mas não devem sublinhar apenas o negativo. Molenbeek é também uma comuna onde há muitas outras coisas. É multicultural. Deviam vir cá visitar-nos e conhecer as pessoas. Molenbeek não é um gueto”, salienta Maria.
O enviado especial da euronews a Molenbeek. Gregoire Lory, conta-nos o que testemunhou junto à porta do edíficio onde Salah Abdeslam e os cúmplices foram apanhados na sexta-feira, 17 de março: “O dispositivo de segurança foi reduzido no local onde foi capturado Salah Abdeslam. A zona já não está isolada. Uma viatura policial circula com regularidade e tenta-se retomar o ritmo normal, aqui, na rua dos Quatro Ventos. Os habitantes de Molenbeek passam diante do apartamento onde ocorreu a detenção sem se voltarem. Tentam virar esta página.”