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sábado, 14 de abril de 2018

Como as armas químicas evoluíram nos últimos 100 anos?



O assunto voltou a ganhar atenção ao redor do mundo após o suposto ataque com armas químicas realizado pelo governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, nas proximidades da capital da Síria, Damasco, no último sábado. 
 Nesta sexta-feira, em retaliação, Estados Unidos, Reino Unido e França lançaram bombardeios coordenados contra três supostas instalações de armas químicas em Damasco e em Homs.
O governo de Bashar al-Assad nega estar por trás do ataque químico contra a cidade de Douma, que era controlada por rebeldes.
Opositores e agentes humanitários dizem que aviões do governo sírio lançaram bombas de barril (tonéis de metal carregado de explosivos) cheias de agentes químicos tóxicos.
No entanto, armas químicas vêm sendo usadas há um século.
Segundo Hamish de Bretton-Gordon, especialista em armas químicas, a primeira delas foi o gás de cloro.
"A primeira arma química foi o gás de cloro, que sufoca a vítima até a morte", diz.
"Ela foi projetada mais como uma substância incapacitante do que letal, mas matou milhares", acrescenta.
O gás de cloro foi usado pela primeira vez na 2ª Batalha de Ypres em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, e foi altamente eficiente.
A substância foi substituída pelo gás mostarda, que causava bolhas imensas ao entrar em contato com a pele.
"A ideia original era ferir o maior número de pessoas. Quanto mais feridos, mais soldados são necessários para cuidar deles", explica Bretton-Gordon.
Segundo o especialista, pouco tempo depois, os agentes nervosos foram desenvolvidos pelos nazistas.
"Os agentes nervosos são organofosforados, pesticidas, e os alemães estavam pesquisando inicialmente pesticidas; eles, então, perceberam que esses agentes nervosos que eles haviam produzido, tabun e soman, eram incrivelmente efetivos em matar pessoas", diz.
Os agentes nervosos foram usados amplamente na guerra Irã-Iraque, de 1984 a 1988.
"O ataque em Halabja, em 16 de março de 1988, ainda permanece na mente de muitas pessoas", acrescenta.
Em apenas um dia, 5 mil pessoas morreram.
"Desde então, só na Síria, temos observado armas químicas sendo usadas milhares de vezes", disse. (...)
Hamish de Bretton-Gordon atuou no Exército britânico e na Unidade Nuclear, Radiológica, Biológica e Química (CBRN, na sigla em inglês) da OTAN.
(Acesse conteúdo completo em BBC.)