Não é coincidência que a grama híbrida instalada no campo da Arena Corinthians seja fabricada por uma empresa que também produz carpetes.
A técnica se assemelha a uma tecelagem detalhada, programada por computador.
Máquinas trabalham o gramado em quadrados de 2 cm x 2 cm, "plantando" grama artificial a 18 centímetros de profundidade no chão.
A grama natural que cresce sobre esse já nasce reforçada a partir da raiz.
A técnica, que a companhia holandesa Desso aplicou na Arena São Paulo, é um aperfeiçoamento do gramado natural que desde o início dos tempos acompanha o futebol.
Apesar de adorado por muitos jogadores, o tapete natural é mais inconsistente, difícil de manter, e suscetível a acúmulos de água em poças.
Nos anos 1980, clubes ingleses fizeram experimentos com gramados totalmente sintéticos, mas os especialistas consideraram que estes faziam a bola quicar em excesso, elevavam o risco de lesões dos jogadores e representavam uma vantagem para os times que treinavam neles.
O híbrido é 4% artificial, 96% natural.
A firmeza combinada com uma sensação de grama natural é familiar aos atletas que jogam na Premier League, principal liga do futebol inglês, onde a "terceira via" cobre 2/3 dos campos de futebol.
O estádio mais emblemático de gramado híbrido é Wembley, no noroeste de Londres, renovado em 2010.
A tecnologia foi usada em dois estádios da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010 – a primeira vez na história do torneio.
Nesta Copa, apenas o estádio paulista optou por esta técnica.