O presidente da FIFA, Joseph Blatter, perguntou no fim do Mundial:
"Onde se passa esse levantamento social de que se falou? Tenho de cumprimentar, como já disse antes, tenho de felicitar a população do Brasil".
Os brasileiros não dão qualquer importância aos comentários da FIFA, desde que, antes do Mundial, o site da Federação chocou os brasileiros com os 10 conselhos aos turistas e adeptos do Mundial.
À porta do local onde decorreu a conferência de imprensa, os protestos continuaram.
É verdade que as maiores manifestações foram organizadas antes do Mundial, o que assustou bastante os organizadores e as autoridades os acalmaram.
Mas, na véspera do evento, à escala planetária, ainda havia quem sentisse suores frios. Os estádios não estavam todos prontos e, apesar de estar tudo a postos para acolher os turistas, o clima social e o aumento do custo de vida, fizeram temer o pior.
Na realidade, o Brasil ultrapassou as expectativas: 10 milhões de passageiros, com 203 nacionalidades diferentes, circularam nos 20 principais aeroportos do Brasil.
Quase 700 mil turistas estrangeiros entraram no Brasil, num mês, 132% a mais do que no mesmo período de 2013. Muito mais do que na África do Sul, em 2010.
No Rio de Janeiro, os hotéis registaram uma ocupação de 100%.
No setor turístico o balanço é bastante positivo. Mas não se pode esquecer que houve pelos menos, oito operários mortos na construção dos estádios e no desmoronamento de um viaduto, símbolo dos atrasos na construção das infraestruturas.
O clima social apaziguou-se entre o primeiro e o último dia do Mundial de Futebol, o que se deveu também a uma segurança denunciada como excessiva.
No total, 100 mil policiais e 50 militares foram mobilizados em todo o país.
O dispositivo teria custado 628 milhões de euros.
Os brasileiros prometem regressar às ruas.